Revista Biografia

Notas biográficas de Iolanda Cintura

O vasto território banhado pelo Oceano Índico, ainda era uma província ultramarina portuguesa. Na altura, existia um movimento de libertação, que procurava pôr fim ao regime colonial, pela via armada. Aquele cenário, não impediu Paulino Cintura e Rosa Cruz Meque, de gerar uma nova vida, no distrito de Vila Pery, actual província de Manica.

A filha do casal começou a respirar os primeiros ares do planeta terra a 24 de Outubro de 1972 e foi registada com o nome Iolanda Pedro Campos Cintura.

Foi na Vila Pery, onde Iolanda passou os primeiros oito anos da sua infância e os primeiros anos de escolarização. Atenção que o nome de Vila Pery viria a mudar para Manica, um pouco depois de Moçambique tornar-se independente, em 1975.

Iolanda Cintura viveu depois por dois anos na cidade da Beira, com os seus familiares. Na capital provincial de Sofala, frequentou e concluiu o ensino básico na Escola Primária de Macurungo. Depois mudou-se para a capital moçambicana. Já em Maputo, iniciou o ensino secundário na Escola Francisco Manyanga, tendo terminado em 1989.

Tímida por natureza, a então adolescente sempre optou por uma vida simples. Sua forma de vestir era informal. Sentia-se bem de jeans e camiseta.

A timidez fê-la passar por um conflito interno. Chegou a militar na equipa de basquetebol do Costa do Sol, como forma de empurrar a timidez e socializar-se com as pessoas, mas não conseguiu.

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Ainda naquela etapa da vida, sonhava em ser médica, para salvar vidas. Entretanto, a paixão pela disciplina de química falou mais alto. Iolanda acabou por abandonar o sonho de infância e optou pelo curso de Engenharia Química. Frequentou o curso na Universidade Eduardo Mondlane, onde em 1999, obteve o grau de licenciatura.

Ao formar-se em Engenharia Química, Cintura pretendia trabalhar numa indústria e/ou laboratório, mas foi para um emprego sem nenhuma relação.

O percurso profissional de Iolanda Cintura foi maioritariamente feito no Ministério da Energia (actual Ministério dos Recursos Minerais e Energia).

Naquela instituição ocupou as funções de chefe do Departamento de Combustíveis (2000-2003); directora Nacional Adjunta de Energia (2003-2004), e de Directora Nacional de Combustíveis (2004-2010).

Entretanto, importa realçar que após a licenciatura, a engenheira deu continuidade aos estudos, participando em vários cursos de capicitação, nas seguintes especializações: certificado pelo Instituto de Petróleo da Noruega, em Economia e Gestão de Petróleos, em 1999; certificado do Departamento de Energia de Washington, em Género e Energia, em 2001; certificado Profissional, pelo Instituto Superior de Administração Pública de Maputo, em 2007; e um certificado em Liderança e Desenvolvimento Estratégico, em 2011.

A política activa nunca esteve entre os planos de Iolanda Cintura. No entanto, aos 37 anos de idade, foi convidada para dirigir o Ministério da Mulher e Acção Social (actual Ministério do Género, Criança e Acção Social), em 2010, após as eleições gerais de 2009.

Cintura ficou surpreendida e chocada com o convite. Passou noites em claro e até chorou de tanto receio e medo que a dominavam. Após receber apoio moral da família (esposo e filhos), aceitou o convite e o novo desafio, até porque não podia recusar a missão de servir a Pátria.

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Foi naquele ministério, onde Iolanda adoptou uma nova forma de vestir. Passou a investigar mais e cultivou o gosto pela capulana, como forma de adequar-se às suas novas funções e estar mais próxima dos hábitos da mulher residente dentro e fora da cidade, em Moçambique.

A 15 de Outubro de 2015 foram realizadas as V Eleições Gerais em Moçambique. O sufrágio deu origem a um novo Governo, liderado por Filipe Nyusi. No novo ciclo de governação, Iolanda Cintura foi indicada para o cargo de Governadora da cidade de Maputo, a capital moçambicana e o principal centro financeiro, corporativo e mercantil do país. E desde 2020 a esta parte desempenha as funções de Membro do Conselho de Administração (Administradora Executiva) na empresa estatal Electricidade de Moçambique (EDM).

A dirigente é mãe de uma rapariga e um rapaz, e é casada com Mário Seuane, apelido que a governante também adoptou após o casamento, passando a chamar-se Iolanda Maria Pedro Campos Cintura Seuane.

Bibliografia

IOLANDA CINTURA”. MOZCELEB [cidade de Maputo] Setembro/Outubro de 2014: pag. 22-24. Impresso.

PORTAL DO GOVERNO DA CIDADE DE MAPUTO. Biografia. Disponível em: <SAPOSTYLE. Iolanda Cintura: Uma das mais novas caras do Governo. Disponível em: <CIP. Quem é Quem no Governo. <DRE Tretas. Decreto 355/70, de 28 de Julho. <

É jornalista e webdesigner desde Setembro de 2013. Na sua caminhada jornalística, está registada sua passagem pelo jornal O Nacional; Revista ÍDOLO, onde chegou a desempenhar as funções de editor executivo; para além de ter sido oficial de marketing digital na Ariella Boats. Foi, também, jornalista correspondente da Revista MACAU, em Moçambique. Actualmente é jornalista do jornal Notícias. É, desde 2020, licenciado em jornalismo, pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Sua caminhada no mundo do empreendedorismo digital iniciou com o lançamento da plataforma Biografia, em 2016. É também, o fundador do site evangelístico Chave de Davi, em 2018; e da loja online O Ardina Digital. Todos projectos foram concebidos ao lado do seu amigo Deanof Potompuanha.

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